De acordo com dados da Agência Nacional de Águas(ANA), antes de chegar às nossas torneiras, 37% da água tratada no Brasil é desperdiçada. Isso ocorre por tubulações públicas velhas ou danificadas, obras mal realizadas ou até ligações clandestinas.
Para ajudar a detectar esse tipo de problema, um grupo de estudantes do Colégio Sesi, de Irati (PR), desenvolveu um sistema inteligente e de baixo custo. O funcionamento é simples: por meio de duas fitas de cobre ligadas a sensores de umidade, que por sua vez são conectados a uma central montada utilizando Arduino, uma plataforma de prototipagem eletrônica. Quando uma dessas fitas detecta qualquer tipo de umidade, um sinal luminoso é exibido indicando o vazamento.
Além de ajudar a minimizar o desperdício de água, a inovação pode ser uma ferramenta importante para a rotina diária dos trabalhadores do setor, conforme explica o estudante Luiz Fernando Zavelinski: “Para os trabalhadores, ele tem uma grande importância, pois atualmente eles têm ficado debaixo de sol e chuva andando quilômetros em cima das redes de canos da cidade procurando vazamentos utilizando um aparelho chamado stick‘, que não é muito preciso e, às vezes, não acha um vazamento se for muito pequeno. Usando a central de monitoramento, vai ficar um profissional cuidando da central e vendo se não há algum sinal luminoso informando vazamento.”
O projeto foi considerado o melhor entre os 150 apresentados durante a 7 a edição da Feira de Inovação das Ciências e Engenharias (Ficiencias), promovida em Foz do Iguaçu (PR). Após os testes realizados com o novo protótipo notou-se a viabilidade da sua implantação diminuindo o desperdício em 7%. A ideia do grupo agora é buscar parcerias com universidades visando estudar a viabilidade da construção de um aplicativo de celular para monitoramento individual.